Publicado em: 26/02/2025 às 15:00:00

Jornal Estadão comprova uso de fake news contra a Previ

Um vídeo que está circulando nas redes sociais com informações falsas sobre o Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, a Previ, foi analisado pela editoria Estadão Verifica, do Jornal O Estado de S.Paulo, que comprovou que a peça é fake news (notícia falsa).

No material enganoso, o apresentador Paulo Echebarria, do canal Mundial Telenotícias, diz que a Previ perdeu R$ 40 bilhões entre o final do governo de Jair Bolsonaro (PL) e os dois primeiros anos do atual governo Lula. Além disso, que o fundo teria registrado lucro de R$ 21 bilhões no primeiro e, agora, no governo petista, perda de R$ 19 bilhões.

"O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Na realidade, a Previ registrou superávit de R$ 4,7 bilhões em 2022, final do mandato de Bolsonaro. O dado mais recente, divulgado durante a gestão de Lula, de novembro de 2024, mostra que o superávit agora é de R$ 528 milhões", observou o noticiário.

O valor citado na reportagem, de R$ 528 milhões, refere-se ao superávit acumulado, entre janeiro e novembro, só no Plano 1, não incluindo os resultados do Previ Futuro, que, até novembro de 2024, acumulava ganhos de 2,29% naquele ano, com R$ 34,2 bilhões em ativos.

O Estadão disse ainda que procurou o canal Mundial Telenotícias para questionar os dados apresentados no vídeo, mas até a publicação do texto não obteve respostas.

Em nota sobre a fake news, a Previ pontuou que desde que o Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou uma auditoria, no início de fevereiro, para analisar um período específico, de janeiro a novembro de 2024, quando o Plano 1 teve déficit, vem lidando com uma série de informações divulgadas na mídia e redes sociais.

"Não existe rombo na Previ e os associados não correm risco de pagamento de contribuições extraordinárias", disse a entidade. "O déficit mencionado pelo TCU, no valor de R$ 14 bilhões, é um recorte referente a um período muito específico – de janeiro a novembro de 2024 – em que houve grande oscilação do mercado financeiro. Foi um ano desafiador, que impactou diretamente os investimentos da Previ. Mesmo assim, os investimentos do Plano 1 tiveram desempenho positivo", completou.

Em entrevista ao portal Capital Aberto, a diretora eleita de Planejamento da Previ, Paula Goto, ressaltou que, mesmo diante do cenário de 2024, o Plano 1 manteve-se em equilíbrio, por causa do histórico de gestão que lhe permitiu ter um significativo colchão de reserva. "Nos últimos 20 anos, a carteira de investimentos do Plano 1 acumulou uma rentabilidade 273% acima da meta atuarialA rentabilidade do plano também supera o CDI e o Ibovespa no acumulado dos últimos 15 anos. No fim das contas, mesmo diante de um ano tão desafiador, o Plano 1 apenas consumiu parte do 'colchão de reserva' acumulado até 2023, chegando aos tais R$ 14 bilhões de déficit no exercício, até novembro de 2024. Porém, com um resultado acumulado ainda de um superávit de R$ 528 milhões, o que mostra q