BB propõe avanços aos caixas, contratações e combate ao assédio moral
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Comando Nacional arranca proposta específica do BB
Atualizada às 13h15
Após 22 dias de greve nacional, bancários do Banco do Brasil arrancaram nesta sexta-feira (11) uma proposta específica que se soma à conquista do aumento real de salário proposto na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.
O Comando Nacional dos Bancários orienta a assembleias a aprovarem a proposta das reivindicações específicas do BB, que segue abaixo.
REAJUSTE COM AUMENTO REAL - O piso e demais verbas salariais serão reajustados em 8% (aumento real de 1,84%). Com essa proposta, o aumento real no piso do BB acumula 38,5% desde o início da campanha nacional unificada. O novo piso do BB será de R$ 2.104,66 após 90 dias (A2).
CONTRATAÇÕES - O banco apresentou propostas que estão entre as reivindicações do funcionalismo. Serão contratados 3 mil bancários até agosto de 2014.
PSO/CAIXAS - Os caixas executivos passarão a pontuar como os demais comissionados na primeira faixa de funções: 1 ponto por dia. A contagem será feita de forma retroativa considerando 2006 adiante e com isso os bancários que exerceram a função de caixa desde essa data já terão ou estarão próximos de completar 1095 pontos e adquirir mais uma letra de mérito (R$ 113). Além disso, serão efetivados no caixa mais de 1.200 bancários que já vêm exercendo a função a mais de 90 dias.
"As conquistas dos caixas são fruto da forte mobilização que fizeram nesta campanha nacional da categoria. Ainda temos muitos problemas pra resolver em relação às condições de trabalho nos caixas e nas PSO, mas os avanços são importantes", avalia William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
TRAVA PARA REMOÇÃO - os escriturários terão que esperar um tempo menor para poder concorrer à remoção para outras unidades de trabalho. A trava diminuiu de 24 para 18 meses.
INCORPORADOS - haverá uma mesa temática após 30 dias da assinatura do acordo sobre o tema Cassi e Previ para que o BB apresente os dados e estudos referentes aos incorporados, os planos de saúde e previdência desse segmento e demais fatores inerentes.
"A Contraf-CUT e as entidades sindicais já disseram que querem negociar e resolver o problema sobre a Cassi e Previ para os funcionários incorporados. Uma mesa temática onde o banco nos forneça os dados sobre todos os planos, os perfis dos grupos e onde estariam possíveis problemas será importante para as entidades sindicais e seus bancários representados poderem buscar soluções para a questão" avalia o dirigente.
QUESTÕES DE COMBATE AO ASSÉDIO MORAL
TORPEDOS - o banco propôs criar uma cláusula que limita o uso de mensagens de texto (SMS) cobrando metas de seus funcionários fora da jornada de trabalho.
"FICHA SUJA" - o banco também terá como pré-requisito para um funcionário ser gestor, não haver registro dele de denúncia procedente nos últimos 12 meses na ouvidoria ou no protocolo de prevenção de conflitos assinado entre a Fenaban e as entidades sindicais.
"Essa novidade é importante principalmente porque nossos bancários e nossas entidades sindicais podem fortalecer nossa conquista da greve do ano passado de fazer o BB assinar a cláusula de combate ao assédio moral em 2012. Ao denunciar o assediador e comprovar que ele praticou alguma conduta irregular, ele não poderá seguir impunemente em sua carreira e ascensão no banco", destaca William Mendes.
PLR
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